domingo, 1 de julho de 2012

QUIZ(S)IIINES - OS EXTRA VELHOS


Por Mateus Moreno Sá

O rock, dito não morto. Levantado na força por Jefe (Plétson) em seu vocal poético e sua guitarra canhota em seus geniais solos. Segurados pelas harmonias preenchidas de "arpeggios "de Juliano Nunes. Com muito mais que tônicas no baixo de Evandro Leão. Embalados pelos ritmos frenéticos de Joel Tomazelli. Este são Os Extra Velhos: uma das bandas mais clássicas da cidade, que segue a tradição do bom e velho rock n’ roll, segundo eles. O nome chamativo, deriva d' Os Paraísos Artificiais, de Baudelaire (uma das três "substâncias", o vinho) e de  um conhaque com um nome em seu rótulo -  Extra-Velho. Inspirados na poética, no iê-iê-iê e no progressivismo psicodélico, a banda concedeu a seguinte entrevista  ao Sinestésicos:



Sines: Como rola o som entre vocês (repertório, composição, interpretação & tal)?
EV: Nosso repertório é definido a partir de nossas influências musicais. Cada integrante escolhe as músicas que mais lhe fazem a cabeça e, a partir daí, montamos o set. Quem canta a maioria das músicas sou eu, Plétson, vocalista e guitarrista solo, acompanhado, em alguns momentos, pela segunda voz do Juliano, guitarrista base, e pela terceira voz, feita pelo nosso baterista, Joel. As músicas próprias são, geralmente, compostas por mim. Após chegar a um resultado que tenha força instrumental e que seja poeticamente interessante, partimos para a construção em conjunto, arranjando e discutindo a estrutura e os detalhes finais.

Sines: Qual o panorama da banda em relação à Erechim e aos sons que são formados aqui?
EV: A banda toca em alguns lugares de Erechim e região, mas nosso objetivo é expandir o alcance do nosso som para a região e para todo o estado. Queremos fazer nossa música chegar a todos os ouvidos que quiserem ouvir algo experimental, calcado na psicodelia e no mais puro rock´n´roll. Pretendemos criar laços com outras bandas de rock da cidade, para juntos fazermos o rock crescer na cidade e ter força para alcançar outros lugares.



Sines: O que vocês acham de música alternativa? Acham que o pessoal valoriza?
EV: Acreditamos que a música alternativa é a grande fonte de criação original. Porém, com pouco apelo radiofônico, o indie é deixado de lado (em lugares interioranos e de cultura rural) em detrimento a outros gêneros de assimilação fácil e com maior apelo comercial. Talvez por esse motivo o rock tenha perdido força em cidades pequenas.


Sines: Trocam música “boa” por música lucrativa? 
EV: Pretendemos gravar em breve e jamais trocaremos nossa pesquisa instrumental e poética por soluções fáceis e clichês baratos.


Sines: E o ego?
EV: Não existem problemas de ego na banda. Tentamos sempre nos unir em prol da nossa produção, sem autoritarismo, mas com discussões que levem a evolução técnica e artística.


Sines: Qual o público da banda? Procuram atingir um público específico?
EV: Nosso público é formado, basicamente, por pessoas que gostam de rock clássico (The Beatles, Pink Floyd, Jimi Hendrix, Raul Seixas). Procuramos atingir pessoas que queiram ouvir música de qualidade, que fizeram a história do rock e mudaram os rumos do universo musical.

Sines: A pivotante, esdrúxula & sem sentido: pq o nome da banda?
EV: O nome “Extra Velho” foi encontrado no rótulo de uma garrafa de conhaque, no ano de 2008, antes de um show da banda em uma festa de Halloween. Por ser sonoramente interessante e por encaixar no conceito da banda em seu início, resolvemos fazer dele nosso nome.


Os Extra Velhos - Blog 


Para “sacudir o esqueleto” venha ao Sines no dia 7 de Julho, às 14h, curtir Os Extra Velhos e demais bandas de peso que aparecerão por lá.

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